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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Carta aberta à comunidade acadêmica do Bom Jesus/Ielusc

A associação entre a tirania do dinheiro e a tirania da informação conduz à aceleração dos processos hegemônicos, legitimados pelo “pensamento único”, enquanto os demais processos acabam por ser deglutidos ou se adaptam passiva ou ativamente, tornando-se hegemonizados (Milton Santos, in “O país distorcido”, 2002: 91-92).


Há pouco mais de 15 anos, um grupo de educadores luteranos liderados pelo diretor geral da instituição, pastor Tito Lívio Lermen, decidia implantar o ensino superior no colégio Bom Jesus, em Joinville. É possível que nenhum dos pioneiros imaginasse o alcance e a ousadia daquele gesto, inspirado no caráter emancipatório conferido por Lutero à educação. A comunidade luterana decidia expandir sua ação de ensino, voltando-se para áreas sensíveis para a região Norte de Santa Catarina: a comunicação, a saúde, o desenvolvimento.
Nesse período, a instituição formou centenas de profissionais em ofícios fundamentais ao interesse público (enfermagem, jornalismo, publicidade e propaganda, educação física, turismo e nutrição). Os egressos do Ielusc prestam serviços essenciais à comunidade – e alguns deles já conquistaram destaque nacional por sua atuação. Outros prosseguiram na atividade acadêmica e se destacam no ensino e na pesquisa em Santa Catarina e em grandes universidades brasileiras.
Todo este patrimônio representado pelos egressos e materializado nos projetos pedagógicos dos cursos foi comprometido nas últimas semanas por conta de decisões temerárias tomadas pela direção do Bom Jesus/Ielusc – supostamente em nome da redução de custos e da sobrevivência comercial do empreendimento de ensino. Tais medidas prestam um desserviço à comunidade – que inspirou (e colaborou com) o vitorioso projeto de educação luterana – ao:
a) mutilar os projetos pedagógicos, alterando unilateralmente exigências curriculares, desrespeitando a história de concepção coletiva desses projetos;
b) precarizar a qualidade do ensino reduzindo cargas horárias, eliminando benefícios e demitindo arbitrariamente professores com maior qualificação e ampla experiência didática e profissional, alegadamente para restringir o custo com pessoal a 40% das despesas (percentual incompatível com a educação de qualidade);
c) gerir sob o tacão do autoritarismo e do temor, da humilhação e da falta de respeito aos professores e professoras;
d) desprezar as expectativas e as esperanças dos alunos, endossando uma concepção pedagógica que, submissa ao mercado, despreza ao mesmo tempo a história dos cursos, o compromisso luterano com a educação e a expectativa de autonomia à formação dos profissionais do Ielusc que, justamente, a comunidade de Joinville acostumou-se a esperar.

Como ex-docentes da instituição à qual servimos com zelo e profissionalismo, sentimo-nos no direito e no dever de manifestar nossa posição a respeito da aludida crise e das medidas arbitrárias tomadas para, supostamente, combatê-la. Não é a primeira vez que a instituição passa por situação semelhante e, como em 2005/2006, o corpo docente foi além da crítica. Naquele momento, aceitamos uma proposta do diretor geral da instituição, pastor Tito Lermen, para compor um Grupo de Trabalho representando os/as docentes do ensino superior para estudar e propor soluções aos problemas vividos pelo Ielusc. Obtivemos acesso a dados financeiros, sob o compromisso do sigilo, e produzimos um relatório profundo, com um conjunto de sugestões e propostas. A proposta global foi inteiramente ignorada pela Direção Geral.
Há pelo menos quatro anos, consultorias especializadas em ensino superior faziam avaliações (bastante onerosas, aliás) sobre os fatores estruturais que provocariam uma retração no mercado. Depois do boom representado pela mercantilização do ensino, conduzido pelo então ministro Paulo Renato de Souza no governo FHC, quando o setor cresceu sem critérios e qualidade, o momento posterior, em que nos encontramos, seria de fusão, extinção, encolhimento, incorporações. As megacorporações privadas de fato foram ao mercado de capitais e têm agido no mercado como aves de rapina.
A direção geral do Bom Jesus/Ielusc alega que o ensino superior da instituição está em crise financeira. Para uma análise mais fecunda e profícua da propalada crise, convém afastar, de pronto, qualquer menção à novidade ou surpresa: todos os atuais dirigentes – incluindo-se aí os gestores (coordenadores e diretores de curso) – têm ampla e antiga consciência das características desse mercado.
A contribuição que o Ielusc deu a Joinville nesses anos todos é incomensuravelmente maior que qualquer resultado contábil. Para citar apenas um exemplo: o mercado de comunicação é mais profissional, ético e competente do que dez anos atrás e isso se deve em grande parte à atuação permanente do curso junto à comunidade, combinada à ação dos egressos nas empresas e instituições sociais. As medidas tomadas recentemente comprometem ambos os pólos dessa atuação: tanto a capacidade dos cursos de refletir com autonomia sobre os campos profissionais, quanto a qualidade da formação dos egressos. As decisões da direção geral assemelham o Ielusc aos vendedores de diploma, aos mercadores da educação.
O momento exige diálogo, confiança, verdade e transparência. Sem a valorização do debate – que implica afastar o maniqueísmo do “Ielusc: ame-o ou deixe-o”, sugerido pelo atual coordenador de ensino superior –, as saídas serão cada vez mais arbitrárias e dissociadas do interesse público. A confiança entre direção, professores, alunos e comunidade pode ser reconquistada a partir do resgate do diálogo, sob a égide da verdade e da transparência. Trata-se de um gesto de grandeza ao alcance dos atuais gestores do Ielusc.
Nossas vidas profissionais foram marcadas, profundamente, pelos ensinamentos e vivências relacionados à instituição e à comunidade acadêmica do Bom Jesus/Ielusc. Por essa razão, submetemos ao diálogo as sugestões a seguir, que nos parecem importantes para pensar alternativas que garantam a preservação desse projeto tão caro ao interesse público e ao ensino superior em Santa Catarina e no Sul do país:

(1) Investir na qualificação do quadro docente;
(2) Não reduzir o alcance dos projetos pedagógicos de curso, preservando sua atitude crítica em relação ao mercado;
(3) Buscar parcerias na comunidade para que não faltem condições à prática do bom ensino (combinado com atividades de pesquisa e extensão);
(4) Investir em divulgação mais massiva dos cursos, na perspectiva de aumentar a procura nos vestibulares, a partir de parceria com o mercado publicitário e jornalístico da região;
(5) Criar uma Comissão de Negociação Tripartite, com base na transparência, na boa-fé e no respeito às partes representadas pelos docentes e discentes;
(6) Buscar parcerias estratégicas para romper o isolamento de uma IES que tem muita legitimidade e credibilidade públicas na região de Joinville, mas que precisa se fortalecer em conjunto com instituições de mesma natureza (comunitárias e confessionais) e no âmbito da Rede Sinodal.

Joinville (SC), 19 de julho de 2010.


Prof. Dr. Alexandre Rocha da Silva
Prof. Ms. Álvaro de Azevedo Diaz
Prof. Ms. Ângelo Augusto Ribeiro
Profa. Dra. Anny Liege C. Baggiotto
Profa. Dra. Cátia Inês Schuh Weizenmann
Prof. Ms. Edelberto Behs (ex-diretor do Curso de Comunicação)
Prof. Frederico Carvalho
Prof. Esp. Gastão Cassel
Prof. Ms. Gleber Pieniz
Prof. Dr. Jacques Mick
Prof. Dr. Juciano Lacerda
Profa. Ms. Lígia Mousquer Zuculoto
Prof Dra. Merli Leal Silva (ex-coordenadora do Curso de Publicidade e Propaganda e responsável pela implantação da Agencia Experimental de PP – AEP)
Prof. Ms. Orlando Ferretti
Prof. Dr. Pedro David Russi Duarte
Prof. Dr. Samuel Pantoja Lima (ex-diretor do Curso de Comunicação)
Prof. Sérgio Murillo de Andrade (presidente da Fenaj)
Prof. Ms. Silnei Scharten Soares (ex-coordenador do Curso de Publicidade)
Prof. Ms. Sônia Regina de Oliveira Santos (ex-coordenadora do Curso de Publicidade)

15 comentários:

Dudu Murara disse...

Quantos professores admiráveis... com muitos destes já aprendi lições dentro e fora da sala de aula, e que vou carregar pra toda a vida.

Lembrar destas aulas me faz refletir sobre o que o IELUSC já foi e sobre o que se tornou. É uma pena que os punhos arbitrários que dão as ordens não sejam de pessoas com o mesmo intelecto (e porque não usar exatamente esta expressão?)das que escreveram esta carta.

Nos deixaram lições, mas também saudades...

21 de julho de 2010 às 21:33
Um louco, cego, surdo e mudo. disse...

Realmente.

Minha vontade de ajudar o curso, as vezes, é negativamente alimentada por um desejo mórbido de fechar a instituição de uma vez. O certo seria federalizar tudo isso. No fundo, não existe caráter comunitário em nenhuma EMPRESA educacional privada.Isso estamos cansados de saber. Tá em crise? Vendam suas terras com nascentes. Quem diria, nosso dinheiro se transformando literalmente em água.

22 de julho de 2010 às 07:35
Rafael A. Silva disse...

Discordâncias. Afinal, doutra forma estaríamos correndo o risco de cairmos no “pensamento único”.

"É possível que nenhum dos pioneiros imaginasse o alcance e a ousadia daquele gesto (...)"

>Os pioneiros são SEMPRE as mais visionárias das criaturas.

"c) gerir sob o tacão do autoritarismo e do temor, da humilhação e da falta de respeito aos professores e professoras;"

>Esta afirmação é totalmente contraditória a esta outra (que veio depois, salienta-se):

"Naquele momento, ACEITAMOS uma proposta do diretor geral da instituição, pastor Tito Lermen, para compor um Grupo de Trabalho representando os/as docentes do ensino superior para estudar e propor soluções aos problemas vividos pelo Ielusc.
Obtivemos acesso a dados financeiros, sob o compromisso do sigilo (...)"

>"ACEITAMOS"? Não é este tipo de parceria que se pretende?
Uma entidade particular de ensino nada deve a quem quer que seja.
Até porque a educação é dever do Estado, que concede a iniciativa privada o poder de explorar esta deficiência daquele.

"(...) o mercado de comunicação é mais profissional, ético e competente do que dez anos atrás e isso se deve em grande parte à atuação permanente do curso junto à comunidade, combinada à ação dos egressos nas empresas e instituições sociais."

>Valores absolutamente subjetivos, impossíveis de serem comprovados. Argumento deserto de materialidade.

"A confiança entre direção, professores, alunos e comunidade pode ser reconquistada (...)"

>Pode haver alguma animosidade entre alguns professores e a empresa. Alunos? Comunidade?! Afirmação pretensiosa não?

>Por fim, as sugestões apresentadas são todas muito meritórias mas, por óbvio, são óbvias...

>Ademais, me decepciona ver o nome do Sr. Sérgio Murillo de Andrade arrolado nas assinaturas.

22 de julho de 2010 às 08:00
Um louco, cego, surdo e mudo. disse...

Rafael

"Uma entidade particular de ensino nada deve a quem quer que seja."

Acho que esta frase resume seu posicionamento. São importantes suas observações, mas, salientas trechos que realmente beiram ideiais. E não seria de outra forma. Afinal, o compartilhamento dos professores acima é fruto de uma linha educacional e não mercadológica.

Aceitar a falta de transparência do curso, sob justificativa do poder privado, é o mesmo que cruzar os braços e colaborar com estas atitudes mercenárias da instituição.

Claro que o estado é responsável pela educação, óbvio que ele tempo poder para a intervenção.

Mas tudo envolve conceitos políticos... Quem é o estado? quem é responsável pela qualificação acadêmica? Qual nossa função, como acadêmicos, nesta crise?

Apresentas críticas, mas não vislumbras nenhum solução.

E a pretenção existe, somos jovens, ela faz parte do nosso pionerismo como movimento estudantil e profissional...

Faço das suas, minhas palavras:
"Os pioneiros são SEMPRE os mais visionários das criaturas"

22 de julho de 2010 às 09:50
Rafael A. Silva disse...

Marcus

No meu afã mercado-estadunidense-capitalista-liberal acabei por me exceder...

De fato, as instituições privadas são submetidas a avaliações periódicas do Poder Público e, caso se configure a incompetência da escola, perde-se o credenciamento.

22 de julho de 2010 às 10:54
Samuel disse...

Caro Rafael,

Pensamento único é impor, de forma arbitrária e unilateral como está sendo feito neste momento, uma receita pra aludida crise: reduzir carga horária, cortar insalubridade das zeladoras, mutilar os projetos pedagógicos de curso fechando (na prática) a Revi e o Necom. Aos 50 anos de vida já vi esse "filme" várias vezes, no mercado de trabalho e na sociedade, e conheço bem o final.

Não somos donos da verdade - e, pela nossa formação democrática, temos horror a esse tipo de pretensão. Por isso, nosso texto está aberto ao debate, às saudáveis divergências de opinião. Porém, o que se espera de pares (e assim o considero) é um mínimo de respeito, coisa que não demonstras pelo conteúdo do nosso posicionamento público. Apresente seus argumentos, "plenos de materialidade e comprovação" e ofereça seu texto ao crivo público, meu caro.

As propostas "óbvias" (no teu jargão depreciativo) são uma singela tentativa de resgatar o diálogo. Procure enxergar a totalidade do problema; dialogue com mais gente (coisa que nós buscamos fazer e o fizemos com adequação) e proponha as saídas que te parecem cabíveis, sem tentar desqualificar nenhum interlocutor.

Se no passado topamos fazer um Grupo de Trabalho (proposto pelo P. Tito) que produziu um excelente relatório, foi justamente porque entendemos a instituição como um ente confessional, comunitária, com declarados fins filantrópicos (e aqui entra outra dimensão pública, para além do direito social à educação), além de ser patrimônio cultural de SC. Esta é a natureza do Bom Jesus/Ielusc, por isso é fundamental envolver a comunidade joinvilense no debate e na busca de soluções.

Por fim, uma instituição de ensino inspirada na visão de educação emacipatória, em Martinho Lutero, não deveria contemplar em seus quadros um coordenador de ensino superior que não respeita a instância mais elementar de relação entre os seres humanos: o diálogo, com transparência e veracidade. A receita de "bolo" da Fundação Dom Cabral, balizada estritamente pelos valores do "deus mercado" é a pior saída possível a esta situação vivida pelo Ielusc.

Saudações democráticas,

Samuca

22 de julho de 2010 às 11:23
Rafael A. Silva disse...

Samuel! Obrigado pela resposta.

Sem confronto de ideias, fica parecendo que o DACS só tem serventia para malhar o Ielusc.

Pois então, por que o Bom Jesus se vangloria disto?
http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&section=Geral&newsID=a2975837.xml

Porque isto provaria, em tese, que não há perda de qualidade no ensino. Assim, a instituição se defende e faz autopromoção.

O problema é que o Enem se refere ao ensino médio, pelo que a nossa luta é pelo ensino superior.

Como se afere a qualidade do ensino superior do Ielusc? Qual foi o resultado do Ielusc no Enade?

É preciso notas, colocações, rankings, que de maneira inequívoca convença o observador de que: "é, de fato, o pessoal que sai do Ielusc não sabe nada".

A questão do posicionamento crítico frente à lide do mercado de trabalho é, a meu ver, muito subjetivo,intangível. Penso que temos que ser pragmáticos.

O Conselho Nacional de Educação é quem acompanha a criação e a avalia a qualidade pedagógica e inclusive estrutural dos cursos superiores.

22 de julho de 2010 às 12:17
Samuel disse...

Rafael,

Saia de sua comodidade e vá conversar com quem faz o mercado da comunicação em Joinville. Os decanos da profissão, a quem respeito e admiro profundamente, são unânimes em avaliar positivamente a contribuição que o curso trouxe ao mercado. Não somos nós, docentes ou ex-docentes que estamos dizendo. Vá conversar com Ely Diniz (Logos), Luis Meneghim (ND), Tina Camilo (ND), Ana Paula Peixer (Mais FM), Mário Sérgio Brum (Criacom), com o pessoal da Sine Qua Non, Domingos Aquino (AN) - entre outros tantos - e ouça o que eles têm a dizer. Nós fizemos isso, em 2008, quando o curso completou 10 anos, e temos convicção no que afirmamos. Opinião, avaliação é palavra, algo absolutamente "tangível".

Quanto às notas do Enade e o ranking da revista Imprensa, para o qual respondi extenso e criterioso questionário ainda como diretor da Faculdade, vc pode consultar na internet; fique à vontade. Basta querer. São provas do que construímos, hoje ameaçado pelo devaneio e autoritarismo.

Procure reler o texto que publicamos e se informar melhor, meu caro. Quem avalia, precariamente, os cursos superiores no Brasil é o INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - um órgão do Ministério da Educação. O Conselho Nacional de Educação não opera nenhum tipo de avaliação, pra o seu conhecimento.

Seja pragmático: ouça as fontes, conheça o mercado e veja qual o sentimento dos estudantes e dos docentes do Ielusc, neste momento. Exercite humildemente a melhor das virtudes de um profissional do jornalismo: saber ouvir.

Saudações,

Samuca

22 de julho de 2010 às 13:22
Rafael A. Silva disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ariane disse...

Tem gente que gosta de fazer polêmica por nada. Não gastemos saliva com isso. Parece que vc acha que não temos o direito de contestar a situação do Ielusc, Rafael. Se observarmos isso pelo teu viés "mercado-estadunidense-capitalista-liberal" nós temos, sim, todo o direito: nós PAGAMOS.

22 de julho de 2010 às 19:56
Vinícius Krüger Martins disse...

Não que seja muito relevante frente à situação atual, mas em relação ao corte de insalubridade das zeladoras, não é por parte da instituição e sim por mudanças diretas do funcionamento do processo. No reajuste anual salarial do cargo de Auxiliares de limpeza (e semelhantes) foi incluso uma quantia equivalente à insalubridade e o adicional salarial foi somente integrado ao salário. Faço parte de uma empresa de terceirização de serviços de limpeza e jardinagem e tivemos o mesmo "corte".

23 de julho de 2010 às 07:44
Dudu Murara disse...

Galera, pega leve com o Rafael, ele tá falando abobrinha sim mas é porque é novo na faculdade e bem provável que no mercado joinvilense também. Ele não tem vivência para comparar o que ambos foram e o que estão se tornando.

27 de julho de 2010 às 04:49
Dudu Murara disse...

E quero tornar pública mais uma notícia ruím que recebi. Fontes me disseram que, recentemente, dentro do núcleo de agências da ACIJ, foi combinado para nenhuma agência contratar qualquer estagiário formando do IELUSC, e acredito que isto tenha a mesma validade para profissionais efetivos.

As razões alegadas eram a baixa qualidade do ensino e, principalmente, uma situação considerada até anti-ética: uma faculdade com curso de Publicidade e Propaganda não contratar uma agência para realizar suas campanhas. E sejamos francos, eu tenho um carinho muito especial pela minha faculdade, mas as campanhas de vestibulares que são feitos... bem como todo o material institucional.

Como assim? O IELUSC não acredita no que ele mesmo ensina? Assim fica difícil conseguir mais alunos né.

Eu gosto muito do IELUSC pela bela e difícil história que tive (e estou tendo) nele durante estes 5 anos... mas tá foda, é bomba atrás de bomba...

27 de julho de 2010 às 04:55
Rafael A. Silva disse...

Combinar para não contratar ESTAGIÁRIO em razão da qualidade do ensino ou por não contratar agência? Estagiário?

Boato de quinta categoria.
Empresário nenhum pensa assim.
Falo pela "VIVÊNCIA" adquirida ao longo de 9 anos empreendendo negócio próprio.

27 de julho de 2010 às 12:42
Dudu Murara disse...

Rafael A. Silva

Contratar estagiários do Bom Jesus IELUSC, sim. E ouvi isso de mais de uma fonte. Algumas delas, inclusive atuam dentro da própria ACIJ, no núcleo de agências.


Lembre-se que estagiário ganha muito mais com a agência do que ela com ele (não adianta defender os estagiários, já fui por muuuito tempo e sei que leva algum tempo pra empresa ter retorno com o suborinado)

É diferente de contratar um profissional valioso.

É simples para qualquer agência contratar um diretor de arte que faça Design na Univille ou para qualquer outra área alguém cursando FURB ou Univali.

29 de julho de 2010 às 20:18

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