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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Lúcio Gregori participa de debate no Ielusc


Na última quinta-feira, a Frente de Luta pelo Transporte Coletivo, em parceria com o Curso de Comunicação Social do Bom Jesus/Ielusc, realizou o 2º "Seminário, Mudar o transporte, fazer a cidade". O convidado da noite foi Lúcio Gregori, que falou sobre sua larga experiência em mobilidade humano e também instigou os presentes a debaterem o tema em suas próprias cidades.

Lúcio Gregori falou sobre o "Problema Nacional do Transporte". O ex-secretário de transporte da prefeitura de São Paulo contou como foi sua experiência com o projeto Tarifa Zero e dialogou sobre a possibilidade e os problemas de implantar um projeto de mobilidade urbada na conjuntura econômica atual. Dentre seus estudos, Lúcio destacou a necessidade da população atuar e cobrar das políticas locais transparência na administração do setor. "O Brasil é um país rico, como pode a mobilidade está nessa situação com tanto dinheiro", questionou Lúcio.

Também presentens na mesa de debate, mediada pelo integrante do DACS, Marcus Carvalheiro, os estudantes Bruno Pereira e André Beavis, integrantes do MPL, explicaram como a alta tarifa do transporte joinvilense impossibilita o acesso da população à serviços básicos como saúde, educação e lazer.

Além dos movimentos sociais de Joinville que formam a Frente, estavam presentes na platéia representantes de entidades de Curitiba e Florianópolis. A discussão envolveu estudantes e o poder público, representado por Luiz Alberto de Souza, arquiteto, urbanista e presidente do IPPUJ.

Durante toda a palestra, Lúcio soube conduzir o debate sobre a mobilidade utilizando exemplos comuns de problemas vividos pela população em geral. O ex-secretário também expôs a dificuldades de projetos como este transitarem na esfera política e econômica: "Enquanto houver alguém pensando em lúcro, não haverá um tranporte essencialmente popular". Lúcio também descreveu sua vontade em promover debates como este: "Não tenho intenções políticas, nem partido. Essa época já passou. Estou aqui como um homem de 74 anos cheio de experiência, que aprendeu muito e agora está apenas repassando o seu conhecimento".

De acordo com Luiz Alberto, a Prefeitura está aberta para o diálogo, embora em uma das suas falas, o presidente do Ippuj tenha creditado o dever de "pensar um projeto como o Tarifa Zero" para as entidades sociais. "Este é o nosso dever, incentivar vocês a desenvolverem projetos como este e nos convencerem que é possível", diz.

Segundo Luiz Alberto, a atual gestão administrativa está pensando em um projeto de licitação para a cidade, mas, ainda não há nada definido. Para ele, é inviável pensar em um transporte "gratuito" ou "municipalizado". "Este é um debate político. Varia de cidade para cidade, mas o problema é um só no Brasil. Temos que mudar a situação no âmbito nacional para pensar em um projeto deste nível para Joinville", concluiu.

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