Câmara de Vereadores vai reforçar pedido ao MEC
Na reunião da Câmara de Vereadores, hoje, com estudantes do Ielusc, foi decido que a Comissão de Educação vai reforçar o pedido dos alunos ao MEC, para verificar a situação do curso de Comunicação Social.Mais uma vez, a direção do Ielusc se omitiu do debate com os estudantes sobre a crise. Desta vez, o encontro estava marcado na Câmara de Vereadores de Joinville (CVJ), com a Comissão de Educação. Foram convidados representantes da direção (pastores Tito e Leandro), da Coordenação (Scalco e Melatti) e estudantes, por meio do Diretório Acadêmico Cruz e Sousa. A proposta de debate foi apresentada pelo vereador Adilson Mariano.
O encontro estava marcado para as 8h30 da manhã, um horário que prejudicou a participação de alguns estudantes, já que a maioria trabalha. Mesmo assim, cinco estudantes compareceram ao Plenarinho da CVJ.
O vereador Alodir Cristo, que presidiu a reunião, cumprimentou os estudantes e leu o ofício enviado pela coordenação do curso, para explicar a ausência. Segundo o documento, a norma da instituição diz que deve-se resolver tais questões internamente. Após isso, foi dada a palavra ao representante dos estudantes, Clayton Felipe Silveira (eu), para falar sobre a situação no Ielusc.
Foi explicado, neste momento, que o debate só foi levado à sociedade porque internamente não há diálogo, como prevê a norma da instituição. Portanto, quem descumpre primeiramente a norma é a própria direção. Para lembrar um caso, o único momento em que o pastor Tito, que é quem decide junto ao conselho, esteve com os estudantes foi na Assembleia. E na ocasião ele apenas falou e foi embora.
Foi exposto à mesa o problema no Ielusc, na versão dos estudantes, citando as demissões, os cortes e a falta de diálogo no espaço universitário. A estudante Francine Hellmann falou sobre o veto aos ex-professores e o quanto isso foi prejudicial para os estudantes que estavam para concluir a última e mais importante avaliação do processo acadêmico.
Preocupados com a situação, os vereadores decidiram encaminhar um pedido de agilidade ao MEC, para atender a solicitação dos estudantes e analisar a situação no Ielusc. Com isso, os estudantes ficaram satisfeitos, pois acreditam que com o pedido do poder público haverá atenção da entidade. O objetivo da reunião era estabeler o diálogo, mas isso fica impossível com a ausência de uma das partes do debate.
5 comentários:
"Os estudantes", "com os estudantes sobre a crise", "na versão dos estudantes", "atender a solicitação dos estudantes", "os estudantes ficaram satisfeitos".
20 de agosto de 2010 às 08:03Os únicos alunos em que se constata a certeza da insatisfação são os prejudicados pelos adiamentos das bancas. E como toda razão, diga-se.
Sinto falta de uma pesquisa que confirme se de fato há um mínimo de UNIDADE estudantil nesta chiadeira toda.
Afinal, qual o percentual de alunos insatisfeitos com o Ielusc, do jeito que tem se alardeado tanto? Quando chegar a 1/10 me avisem.
Já vou adiantando: o MEC só pode verificar a titulação dos docentes (se está adequada aos cursos), e a estrutura, os recursos disponibilizados aos alunos (se atendem ao razoável).
Na real: temo que alguns alunos estejam se prestando a bucha de canhão nesta questão.
O mercado agora já sabe como se comportam os profissionais signatários da tal carta (gênese do "apocalipse" ielusquiano).
Quanto aos alunos que a endossam... À conferir.
Rafael,
20 de agosto de 2010 às 10:19deveria se informar melhor antes de vir passar vergonha falando besteira aqui. Você já mostrou que concordará sempre com qualquer postura tomada pela instituição, mesmo que vá contra o caráter pedagógico, o que, apesar de eu achar um absurdo, respeito, porque cada um pode ter sua opinião e o diálogo é uma ferramenta enriquecedora. Mas, por favor, quando vier defender este tipo de atitude, use argumentos coerentes.
Para sua constatação, foi feita uma exploração com os estudantes, sim. A maior parte dos alunos assinou o abaixo assinado pedindo que o IELUSC volte atrás na postura tomada em relação as bancas. Talvez se não estivesse ocupado estirando a bolsa escrotal dos gestores ielusquianos, teria percebido.
issa!! kkkk
20 de agosto de 2010 às 13:58O estudante Rafael A. Silva tocou num ponto importante e por isso vou me contrariar e continuar o diálogo. Embora eu acredite que não tenha sido essa a intenção. No entanto, quero estender esse diálogo aos colegas, principalmente do diretório acadêmico, pois a reflexão nos interessa.
20 de agosto de 2010 às 15:46Sobre representar os estudantes, é realmente uma questão importante. Não acredito que representemos a maioria dos estudantes, conforme a provocação de Rafael. E não sei se fico triste ou contente com isso.
Há alguns anos, alguns estudantes vêm tentando consolidar o Dacs como representante da "categoria". É um trabalho árduo, mais ou menos como ser goleiro. Você trabalha muito, não ganha nada e depois recebe muitas críticas. E muitas dessas muito boas. Mas outras muito ofensivas, geralmente sem um pingo de raciocínio, apenas para exercitar o hábito de falar mal de tudo e de todos.
Tenho pra mim, no entanto, que saber lidar com esse tipo de crítica sem se abater, sem desistir (que é a maior tentação de todas) é uma grande vitória. Acho que esse foi um dos grandes aprendizados que tive.
A crítica de Rafael me faz lembrar das inúmeras assembleias que propus, quase todas vazias. Das vezes que estive em sala de aula, encarando o olhar de desprezo de alguns. Das atividades organizadas sem sucesso, sem apoio. E essa lembrança me deixa feliz. Sabe por quê?
Porque em todas essas situações havia algo diferente disso. Aquela meia dúzia de gatos pingados na assembleia sempre valeu a pena. Assim como o olhar fraterno e o ouvido atento de alguém em cada sala. Assim como o choro emocionado de Sílvio Melatti, quando convidado para contar sua experiência no Partido Comunista Brasileiro no Grupo de Estudos de História do Brasil, ao ficar uma tarde inteira, de sábado, falando para apenas dois alunos.
Tudo isso valeu muito a pena.
E essa luta é mais uma que vale a pena. A falta de apoio, o fato de muitos estudantes não abraçarem a causa, não se importarem, desanima, sim. Desanima e acaba com a nossa chance de vitória, pois só a mobilização estudantil pode ser forte o suficiente para enfrentar essa situação.
No entanto, creio que o Dacs pode não representar a maioria, mas ele representa uma classe, uma categoria, os estudantes. Ele é o corpo representante, o que assina, o que participa da reunião, o que defende os interesses dos alunos, mesmo que de poucos. Ou melhor. O que procura defender o direito de todos, mesmo que nem todos saibam quais direitos possuem.
E por isso continuamos na luta.
Felipe Silveira
Esqueci de um detalhe importante:
20 de agosto de 2010 às 18:04A atual gestão do Dacs foi eleita democraticamente pelos, olha que coincidência, ESTUDANTES do curso. Portanto, é sua legítima representante.
Pode ser que muita gente prefira o individualismo, como o colega de curso Rafael. No entanto, nossa tradição, nossa história, nos levou a esse modelo de democracia. Por isso nos candidatamos, apresentamos propostas e fomos eleitos pela maioria dos estudantes.
Falando em proposta, a nossa era pela horizontalidade, pela eliminação do poder individual em prol do coletivo. E dessa forma procuramos trabalhar. Muitos estudantes, como Rafael citou, preferem não participar, assim como ele. Mas o Dacs é aberto a todos.
Felipe Silveira
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