Gleber Pieniz é demitido
O professor Gleber Pieniz foi demitido da Associação Bom Jesus/Ielusc na tarde desta quarta-feira, 7 de julho. Após seis anos atuando como professor de diversas disciplinas (História da Arte, Estética, Antropologia, Teorias do Jornalismo e Ética e Legislação etc.), Gleber era respeitado como um dos melhores professores da instituição e representante de uma antiga geração de docentes, que conseguiu elevar o curso de comunicação do Ielusc à condição de um dos melhores do sul do país.Recentemente, Gleber foi aceito como aluno no doutorado de Artes Visuais - História, Teoria e Crítica de Arte, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mesmo assim, o professor iria continuar a ministrar algumas disciplinas no instituição de Joinville. Com a demissão, isso não vai acontecer.
Gaúcho de Cruz Alta, Gleber é formado em jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria. Antes da docência, trabalhou como repórter do caderno cultural do jornal A Notícia, de Joinville.
13 comentários:
Caraca!
7 de julho de 2010 às 13:22Nem eu sabia dessa
hahaha
Para, é impossível uma pessoa se dedicar a um doutorado no Rio Grande do Sul e ao mesmo tempo dar aulas em Santa Catarina. Essa demissão eu tenho certeza que não partiu da direção do curso, e sim de um acordo entre as partes.
7 de julho de 2010 às 14:03Poxa, realmente a situação do Ielusc está feia!
7 de julho de 2010 às 14:57Como é possível deixarem professores tão bons...
Isso é um descaso com o nosso ensino e com o futuro do jornalismo. O que eles pretendem?
Quando chegar a ruína vão perceber que Univille é a melhor opção! Não querem vender os cursos para a Univille, mas vão acabar fechando por causa dessa crise e os alunos que serão prejudicados. UNIVILLE JÁ!
8 de julho de 2010 às 04:34Aaah eu concordo com o Ivan. Já era de se esperar. Realmente iria ficar complicado ele fazer o doutorado e continuar dando as aulas! Também acho que deve ter tido um acordo entre as parte!
8 de julho de 2010 às 04:35Vamos lá, explicar porque confio na versão do Gleber.
8 de julho de 2010 às 04:57Estive com o Gleber ontem antes de ele entrar na sala. Falamos sobre os planos para o futuro, se ele ainda ia dar aulas e tals. O plano era dar duas disciplinas. Ivan, isso que tu diz ser impossível é bastante comum. Antigamente, inclusive, os professores faziam essa ponte aérea.
Assim que ele saiu da sala, o encontrei e ele me contou o que aconteceu. Falamos dos novos planos. Ele contou detalhes da reunião que ele poderá explicar para todos, se perguntarem.
Por isso acredito na versão dele e duvido da versão da coordenação, que já mentiu pra gente e vem servindo de escudo da direção há tempos.
A viabilidade crescente do trancamento eterno do curso torna essa possibilidade bem tentadora.
8 de julho de 2010 às 05:18Concordo com o Felipe, o Lufe é um exemplo, está fazendo doutorado no RG, mas continua lecionando no IELUSC.
8 de julho de 2010 às 09:32Daqui a pouco teremos de dar aulas por conta própria. Vamos chamar de volta o Leonel para contribuir com o conhecimento dele já adquirido no mercado e todo aquele adquirido dentro da instituição. Eu volto ao Ielusc este semestre, mas por tudo que vejo e ouço a animação por isso é cada dia menor.
8 de julho de 2010 às 13:54Reafirmo: o professor Gleber expressou pra mim o desejo de ser demitido para se dedicar com exclusividade ao doutorado. Negociei com ele isso a duras penas, porque eu não queria que ele saísse, por todos os motivos apontados aí e por mais um: no final da semana passada eu havia feito uma votação virtual para a escolha das disciplinas optativas e a dele, de Jornalismo Cultural, ficara em primeiro lugar. Além disso, a grade do segundo semestre estava montada com o nome dele em três disciplinas, depois reduzidas para duas e mais orientações. A condição para que eu comunicasse a direção sobre o desejo dele era esta: Gleber assumiria publicamente o seu pedido. Bem, isso não ocorreu. Sim, numa hora dessas, tal detalhe faz toda a diferença.
10 de julho de 2010 às 13:34Agora, Felipe, não vou sossegar de curiosidade (e acredito que os leitores também não) até que você revele qual foi a mentira que preguei a vocês. Esta é uma das lições do jornalismo: se você tem a informação, não deixe o leitor curioso.
Saberemos a verdade quando botá-los frente a frente e checar os detalhes da história. Estou providenciando isso.
11 de julho de 2010 às 08:04Meu erro e minha escolha
11 de julho de 2010 às 19:23Cometi um erro recentemente.
Na semana passada, noticiei, pelo blog do Dacs, a demissão do professor Gleber Pieniz do Ielusc, fruto da crise. Crise pedagógica, e não fincanceira. A pedagógica é a razão de nossa luta. A financeira é uma desculpa da direção.
O erro que cometi foi não ter ido checar a informação com uma das partes. Não por compromisso jornalístico, mas por compromisso enquanto sujeito, que sempre teve por hábito ouvir a todos antes de tirar conclusões.
Publiquei a notícia de maneira que tentei me concentrar na informação, mas sem ser isento, imparcial. Publiquei no blog do Dacs, um dos atores da luta. Publiquei a partir do nosso ponto de vista.
Obtive a informação por sorte. Encontrei o professor Gleber no momento em que ele chegava da reunião e ali conversamos. Perguntei quais eram os planos. E ele me contou sobre as disciplinas que pretendia lecionar e a forma como pretendia fazer isso. No entanto, disse que tudo estava em aberto e que nada era certo. Fui ao banco e demorei não mais que meia hora. Voltei ao Ielusc e o reencontrei. A reunião havia acabado. Gleber me contou alguns trechos da conversa. Falamos sobre novos planos e até combinamos uma festa de despedida.
Foi com base nesses trechos que acreditei na versão de Gleber, de que, apesar de ser confortável para ele a demissão, a decisão foi tomada pela direção do curso, sem negociação. Eu tinha certeza disso. Gleber não teria como inventar uma mentira com tantos detalhes na hora, a não ser que fosse o talentoso Ripley. Não teria porque mentir pra mim, já que estávamos/estamos engajados na mesma luta pela qualidade do curso.
Confiei no amigo, no companheiro de luta, e no meu instinto. Conversei com alguns colegas, pedi alguns conselhos e publiquei a informação.
Fui cobrado por não ter ouvido um lado, acusado de espalhar inverdades por aí. Aceitei as cobranças e as acusações.
Hoje, o professor Gleber mandou uma carta respondendo a acusação de que mentira. Respondeu reafirmando aquilo que eu acreditava, contando detalhes que havia me contado. Agora é público, com as palavras dele. Agora estou mais tranquilo. Escolho acreditar na versão de Gleber.
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