Após a queda da obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para exercer a profissão, novos debates sobre a área estão em pauta no Ministério da Educação. Integrantes do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), da Associação Nacional de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) e da Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ) se movimentam para retomar os debates sobre as novas diretrizes curriculares para o curso superior de Jornalismo.
As primeiras discussões sobre a alteração curricular aconteceram em fevereiro de 2009, junto à publicação de um relatório da comissão de Especialistas do Ministério da Educação. O documento foi redigido através de um processo que contou com a contribuição popular pela internet e de debates promovidos por audiências públicas. Todavia, o debate sobre o relatório resumiu-se na questão da obrigatoriedade do diploma e os outros pontos foram momentaneamente esquecidos.
De acordo com relatório, uma das propostas é separar os cursos superiores que, atualmente, estão agrupados na área de Comunicação Social (Jornalismo, Publicidade, Relações Públicas, entre outros). A união dos cursos aconteceu na época de ditadura e, segundo o relatório, fazem parte de uma “formulação teórica baseada no contexto da Guerra Fria”, que visava uma estrutura acadêmica de cunho “polivalente” e “padronizada”. Com a separação, as especifidades de cada curso seriam fortalecidas, assim como a garantia da liberdade de expressão das profissões envolvidas.
Ainda de acordo com o documento, outras mudanças são possíveis, como na carga horária do curso, no estágio supervisionado e nos projetos pedagógicos, além de alterações nas competências gerais e específicas do ramo. Os representantes dos fóruns, da federação e das academias retomaram os debates no início de maio e pretendem obter uma resposta do MEC ainda no final deste semestre.
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